segunda-feira, 23 de maio de 2011

O bicho da seda

Bicho-da-seda é a larva de uma espécie de mariposa (Bombyx mori) usada na produção de fios de seda. Este insecto é nativo do Norte da China mas encontra-se actualmente distribuído por todo o mundo em quintas de produção de seda, denominada sericicultura.

O bicho-da-seda alimenta-se de folhas, preferencialmente de Amoreira ou ração, ao longo de toda a sua fase de vida larvar. Ao fim de um período de pouco mais de um mês, a lagarta torna-se amarelada e começa a segregar um casulo onde se dará a metamorfose para o estado adulto (imago). É esse casulo que serve de fonte para a seda.

Neste mês, completam-se 200 anos da chegada ao Rio de Janeiro da família real portuguesa. Esse fato provocou grandes mudanças no Brasil, tratado até então como uma mera colônia extrativista para abastecer Portugal. Com os pés em terras brasileiras, logo o príncipe-regente dom João começou a tomar medidas que abriram oportunidades para o desenvolvimento de novas atividades agrícolas por aqui - como a sericicultura, a criação do bicho-da-seda.

Atualmente, essa atividade é recomendada sobretudo para gerar renda adicional em pequenas propriedades familiares, que têm à disposição novas tecnologias desenvolvidas pela Apta - Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios. No estado de São Paulo, a sericicultura está concentrada em municípios como Bastos, Gália, Duartina e Fernão, entre outros. No Paraná, na região de Maringá. O bicho-da-seda (Bombyx mori) produz um casulo do qual se extrai os fios para formar um tecido de toque suave, cobiçado no mundo inteiro e que nunca sai da moda. O trabalho minucioso e delicado das lagartas da espécie já é explorado pelo homem há muito tempo. Historiadores relatam que, há cerca de 4.600 anos, a seda proveniente do inseto já era explorada para a confecção de roupas da nobreza do império chinês.


O ciclo de desenvolvimento do bicho-da-seda vai da eclosão do ovo até a transformação da lagarta em mariposa. O período em que vive como a lagarta é dividido em cinco fases ou idades, durante as quais é sempre alimentada com folhas da amoreira (Morus spp.).

Quando atinge tamanho que varia de sete a oito centímetros e não come mais, o bicho-da-seda deve ser transferido para o "bosque", um suporte para o inseto tecer o fio. Num movimento constante da cabeça, a lagarta produz um casulo em volta de si, a partir de um fio contínuo de cerca de 1,2 metro.

No interior de um galpão, chamado de sirgaria, o manejo do inseto é feito sobre esteiras, que também são conhecidas como camas de criação. O local deve ser limpo, livre de contaminação e com boa circulação de ar. Além disso, é preciso controlar a temperatura e a umidade relativa do ar do ambiente, mantendo-o em níveis adequados a cada idade do bicho através de abertura de janelas, para assegurar o bom trabalho dos bichinhos operários.


Sabe como faz para fazer seda?

Espera-se que o bicho da seda faça o casulo e:

“Para se obter fios de seda é preciso mergulhar os casulos em água quente para amolecê-los e retirar deles uma espécie de goma que os faz ficar presos uns aos outros. Uma vez encontradas as pontas dos fios, os casulos são desenrolados calmamente e, depois disso, estes fios são enrolados numa roda formando uma meada. Este processo, em suma, consiste em desfazer todo o trabalho que a lagarta teve para formar o casulo.”

E ela morre!

Fontes:
http://www.pitacosdapi.com.br/2011/03/28/bicho-da-seda/

http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1674242-4530,00.html